Entendo a inteligência social como a competência de perceber como nosso comportamento influencia o comportamento do outro e, a partir desta consciência, adequar nossa atuação para estimular uma mudança no comportamento da outra pessoa
Quando estamos diante de uma situação indesejada, nossa tendência é de procurar os erros e apontar os culpados, geralmente os outros! O que não percebemos é que o comportamento do outro que nos incomoda é, muitas vezes, estimulado pelas nossas ações.
Imagine uma sessão de coach na qual o cliente tem dificuldade em refletir sobre o tema discutido ou limita-se a dar respostas curtas, sem profundidade. Isto pode ser frustrante para o coach e despertar ansiedade ou irritação com a situação.
Antes de julgar o cliente ou demonstrar a insatisfação, deveríamos questionar a nossa atuação. Que tipo de perguntas estou fazendo? Estou dando tempo para ele responder? A sessão está sendo conduzida de forma a tratar os interesses dele? O que posso mudar no meu comportamento para que ele atue com mais profundidade? Será que ele quer mais profundidade neste tema?
Portanto, o coach também deve estar atento a si mesmo, ser curioso e ter abertura para entender como seu comportamento contribui para o andamento da sessão e o desenvolvimento do cliente.