Um dia eu estava conversando com meu chefe sobre uma palestra que assisti com Cy Wakeman intitulada “No Ego: How Leaders Can Cut the Cost of Drama, End Entitlement and Drive Big Results.” (Sem Ego: Como os líderes podem cortar o custo que o drama causa e liderar os colaboradores a alcançarem grandes resultados).
Essa palestra falava um pouco sobre o drama que as pessoas costumam fazer e como isso afeta o nosso ambiente de trabalho. Nós conversamos muito sobre esse assunto e, em um determinado momento, meu chefe me disse que era um conteúdo muito interessante e que gostaria que eu escrevesse um texto sobre isso para o blog da empresa. Minha reação instantânea foi falar: “não, eu acho que eu ainda não estou pronta!”. Ele só me respondeu: “Você percebeu o que está fazendo?”
A reação que eu tive foi ir um pouco para trás, estava entrando na defensiva, quando percebi o que estava fazendo: Drama! Tínhamos passado a última meia hora conversando sobre como evitar esse tipo de comportamento e minha primeira reação a um novo desafio foi fugir dele! Comecei a pensar em tudo que havíamos conversado e repeti para ele uma frase que eu tinha dito no meio da conversa: “Mudanças são mais difíceis para quem não está pronto”. Mudei minha atitude dizendo: “Estou pronta”. Por isso, resolvi escrever sobre esse assunto analisando com cuidado dois pontos sobre este acontecimento:
O primeiro é que as mudanças são mais difíceis para quem não está pronto. Há uma diferença entre saber que você tem de mudar e realmente fazer a mudança. Apesar das pessoas, racionalmente, saberem que mudar é o caminho mais apropriado para terem sucesso, internamente podemos sentir que não deveríamos estar seguindo aquele caminho. Muitas vezes isso ocorre pelo nosso medo da mudança. E o medo pode nos paralisar. Observe o meu exemplo: Hoje, meu chefe me ajudou a ter um insight do que eu estava evitando por causa do medo. Foi nesse momento que percebi que estava pronta para um desafio novo!
O segundo ponto que quero analisar é o papel do líder. É de extrema importância termos líderes que instigam a nossa mudança e nos mostram que estamos prontos para sermos melhores. Foi isso que meu chefe fez hoje! Na palestra, Cy Wakeman mostra que os líderes não deveriam julgar, principalmente que nunca devemos nomear as reações das pessoas, pois a nossa dor começa quando nós as nomeamos. Meu chefe seguiu o conselho dela! Em vez de falar “não seja medrosa”, ele me ajudou e me instigou a perceber o que estava fazendo. Mas como exatamente ele fez isso?
Nós estávamos falando sobre “drama” e da importância do líder ajudar seus colaboradores a eliminar esse drama da vida deles por meio de processos mentais que criem maior autoconsciência. Esse tipo de liderança é bem difícil de exercer! É mais fácil ver um problema e resolvê-lo. Ajudar o outro a chegar nas suas próprias soluções é mais difícil no começo, mas, no futuro, o líder terá menos trabalho, pois seu colaborador será mais independente! No meu caso, meu chefe estava me ajudando a me desenvolver profissionalmente, me deixando mais independente e me ajudando a facilitar o trabalho dele. Pode ser que você, seu colaborador ou um colega de trabalho acredite que não seja capaz de fazer algo, mas é importante criarmos consciência de que isso pode ser apenas a nossa mente nos levando por um caminho que nem sempre é o correto.
É importante pararmos de acreditar em tudo que pensamos. Nossa mente pensa coisas boas e ruins, e nem tudo de ruim que pensamos é verdadeiro! Às vezes, o medo que você sente está dentro da sua cabeça e te impede de fazer algo porque você acredita que não consegue. Quando perceber que isso é só uma criação da sua cabeça, estará pronto para a mudança.
Se você tiver interesse em ler mais sobre mudanças você pode assessar esse artigo: Mudança não é fácil para ninguém. Esse texto te ajudará a refletir sobre não desistir de mudar quando encontrar dificuldades no seu caminho.
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