Coaching é um processo para ajudar o outro a desenvolver as competências necessárias para realizar mudanças intencionadas que o ajudarão a viabilizar seus sonhos e aspirações, revendo a sua forma de pensar, sentir e atuar. Como vimos no post anterior, pode até contribuir para melhorar a saúde física e mental de quem faz e de quem recebe o coaching.
Por falta de preparo ou de consciência, muitos líderes utilizam o coaching para formar pessoas à sua imagem e semelhança. Praticam o coaching instrumental ou por compliance, no qual o objetivo é desenvolver competências de acordo com os interesses da empresa ou do líder, não necessariamente de acordo com os interesses de quem está recebendo o coaching. Apesar de poder contribuir com a melhoria dos resultados, essa abordagem pode despertar um tom emocionalmente negativo ou de pouca preocupação com a pessoa, criando uma relação tóxica que estimula os mecanismos de defesa e, assim, dificulta a mudança.
Coaching com compaixão é caracterizado pelo desejo genuíno de ajudar o outro a superar seus desafios e atuar sem dificuldade ou sofrimento. A motivação de quem conduz o coaching é o bem estar do outro.
Compaixão e a busca de resultados são posturas complementares, não são excludentes. O foco em resultados é legítimo e necessário, mas pode ser obtido respeitando os valores, os anseios, a forma de ser de cada indivíduo e o seu bem estar físico e emocional.
Para praticar o coaching com compaixão, desenvolva os seguintes comportamentos:
O coaching com compaixão, além de estimular a abertura e o compromisso de quem recebe o coaching, desenvolve a inteligência social de quem conduz o processo, ampliando sua consciência sobre o impacto do seu comportamento sobre o outro e, ao mesmo tempo, tornando-o mais receptivo para ouvir e entender o ponto de vista dos outros.
Post baseado no artigo “Developing sustainable leaders through coaching and compassion” escrito por Richard Boyatzis, Melvin Smith e Nancy Blaze da Case Western Reserve University.