Assim como as empresas tem o momento para contabilizar seus resultados, nós deveríamos fazer o mesmo em relação aos nossos relacionamentos e identificar oportunidades para melhorar a qualidade de nossas relações.
Não estou propondo discutir a relação, que normalmente se caracteriza por uma conversa para apontar os erros e encontrar o culpado pela situação ou por querer impor nossa vontade aos outros, o que deteriora ainda mais o relacionamento.
Estar aberto para balanço significa ter o genuíno interesse em entender como estamos afetando os outros com nossos comportamentos e atitudes. É demonstrar curiosidade para saber quais são os interesses do outro, o quanto esses interesses lhe são importantes e em que grau contribuímos para sua satisfação.
O objetivo desta conversa é ampliar o nosso conhecimento sobre o outro e perceber de que forma podemos atuar para fortalecer a relação. Neste caso, devemos explorar as habilidades de fazer perguntas e ouvir ativamente, sem procurar desculpas, justificativas ou soluções instantâneas. Demonstrando interesse, atenção e receptividade ao ponto de vista do outro, estaremos contribuindo muito neste processo.
Estar aberto para balanço também implica em expor quais são nossas expectativas e nosso grau de satisfação com o outro. O propósito não deve ser exigir mudanças do outro para atender nossas necessidades no relacionamento. Nossa intenção deve ser clara no sentindo de deixar o outro consciente do que faz e de como somos afetados por isso. A decisão de mudar é do outro e deve ser espontânea e sincera.
Acima de tudo, este é um processo que requer empatia e compaixão, pilares fundamentais para uma vida melhor e menos estressante.
1 Comments
Carlos, você tocou em um tema que me chama a atenção já a algum tempo: compaixão! Para mim a diferença entre empatia e compaixão está que na primeira posso utilizar de forma mais racional. Já a compaixão envolve sentimento e a meu ver é algo intrínseco à natureza humana. Creio que a ausência de conversas significativas e de maior envolvimento nos relacionamentos está nos afastando do exercício da compaixão. Então, abrir-se para um genuíno balanço da relação gera a oportunidade de exercermos a compaixão. Vale praticar!