Iniciei minha carreira como engenheiro, depois fui executivo numa empresa familiar até decidir atuar em consultoria. Nada disso foi fruto de um planejamento bem estruturado. Com sucessos e fracassos, fui encontrando meu caminho até a consultoria, mais especificamente até a área de treinamento e desenvolvimento. Além da razão, segui minha intuição e aproveitei as oportunidades que foram me guiando até onde estou.

Não me considero um consultor ou professor, sou um facilitador. Acredito que todos nós temos as respostas que precisamos, apenas temos dificuldades em acessá-las. Aí entra o facilitador, aquele que estimula a reflexão para que as respostas sejam encontradas. Entendo o treinamento como um ambiente de reflexão e aprendizado, indo muito além da informação e capacitação.

É neste ambiente que encontro meu recanto de felicidade, pois tenho a oportunidade de trabalhar com o que as pessoas têm de melhor. Nestes vinte e seis anos de carreira, tive a oportunidade de trabalhar com inúmero grupos e, na maioria das vezes, pude observar o quanto as pessoas desejam e estão receptivas para aprender, confiam em expor suas deficiências e seus temores, colaboram com os demais, estão comprometidas e respeitam os demais, podem ser alegres e responsáveis. É muito gratificante ver como um grupo, a princípio receoso e tenso, pode se transformar e criar um ambiente construtivo e prazeroso em tão pouco tempo.

Acredito que este é o grande desafio que temos em nossas empresas e comunidades: criar condições para que as pessoas possam se comportar da mesma forma como nas salas de treinamentos. Imagine como poderia ser produtivo, divertido e natural.

Afinal, a vida é uma grande sala de treinamento na qual nossa missão é nos desenvolvermos e ajudar no desenvolvimento dos demais.